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Aos membros do Grupo Espírita Florescer e aos nossos visitantes, estamos abertos para comentários sobre as atividades do grupo, dúvidas, palestras, ou qualquer outro assunto que possa ser estudado sob os preceitos de Jesus e Kardec.

domingo, 24 de maio de 2009

O FILHO DE DEUS

Por que se dizia Jesus, ora Filho do homem, ora Filho de Deus? Se ele era filho do homem, como podia ser filho de Deus? E se era filho de Deus, como podia ser filho do homem?
Há sabedoria nesta expressão do Senhor, como, aliás, em todas as palavras que proferiu.
Ele era filho do homem porque a Criação é uma só, obedece à mesma ordem, à mesma lei com relação a todos os seres criados. Não há privilégios, não há distinção: unidade de programa, unidade de gênese, unidade de destino; Jesus, portanto, em tal sentido, é o Filho do homem; e é o filho de Deus porque desde que o Pai o sagrou como diretor espiritual deste orbe, a cuja função presidiu, nela colaborando, de há muito havia ele conquistado o reino dos Céus; de há muito se achava integralizado na vida eterna, na imortalidade. Daí o seu dizer: "Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima".
Jesus não é Deus, como pretendem os credos dogmáticos, nem tão puco é homem, no sentido vulgar, como querem as vãs filosofias negativistas. Entre o homem e Deus medeia um abismo, onde a vida palpita em seus mais belos esplendores. Se aquém da humanidade pulula os seres inferiores, debaixo de formas incontáveis, além da humanidade ostentam-se os seres superiores sob infinitos aspectos. Aquém e além da Terra verifica-se o mesmo fenômeno: a vida em seu movimento ascencional e triunfante.
Os extremos da simbólica escada de Jacob, por onde desciam e subiam os anjos, perdem-se, dum lado no infinitamente pequeno, e do outro lado no infinitamente grande.
O microcosmo e o macrocosmo revelam Deus.


NAS PEGADAS DO MESTRE, pelo espírito Vinicius


segunda-feira, 18 de maio de 2009

TEREZA D'ÁVILA, A MONJA MÉDIUM

Na Espanha, século XV, todas as jovens, filhas de grandes famílias, eram colocadas no convento, por tradição ou intrigas familiares, inspiradas em devoções infantis. Sabiam que os perfumes e o incenso da capela eram fatores muito convenientes para a pureza das moças de bem; que para uma menina, o convento era um dos lugares mais seguros, mais honrosos e mais cômodos, também, caso pudessem contar com rendas adequadas.
A missionária - Tereza de Cepeda Y Ahyumada - filha de Alonso de Cepeda e Beatriz Ahyumada, nasceu em Ávila, no dia 28 de março de 1515, num lar aristocrático, convivendo com onze irmãos. Após a morte da mãe, o pai, homem severo e meditativo, ocupou-se da educação dos filhos. A adolescente Teresa, embora generosa e espontânea, era demasiada inquieta e, sobretudo, entregue a si mesma. Acolhida aos 16 anos no convento pelas irmãs de Santa Maria das Graças, não apresentava como aluna, outro projeto para o futuro, pois, na época, ela se mostrava decididamente avessa às eventuais perspectivas da vida regiosa.
A partir daí, começa uma série de prodígios que levavam Teresa, passo a passo, a fazer-se monja: acometida por um mal misterioso, cuja hipótese mais provável parece ter sido a epilepsia, ela retornou ao lar, mas a ideia do sofrimento e da morte penetrava na consciência de Teresa, que manifestou sua intenção de voltar ao convívio religioso, desta vez como monja. Recebida de volta, pronunciou os votos. Todavia as provas mais árduas, longe de serem superadas, estavam, ao contrário, prestes a chegar.
Logo após tomar os votos, o mal tornou a acometer Teresa de forma violenta: as crises se sucediam com frequência e ela vivia habitualmente fora dos sentidos. De vez em quando, perdia a consciência de todo. O mal se revelou tão grande que Teresa, desenganada após voltar à casa do pai, teve seu falecimento constatado pelos médicos. Levado pela emoção, seu pai recusou-se à sepultá-la, até que, no quarto dia, a "morta" reabriu os olhos. Teresa estava viva! No futuro, a missionária revelou que, durante este período, sentia com pesar que ainda continuava prisioneira daquele pobre corpo.
Completamente paralisada, Teresa conseguiu autorização para retornar ao convento. Na enfarmaria, a viçosa e vivaz educanda de poucos anos atrás, estava, aos 25 anos de idade, reduzida a uma porção de osso, capaz, apenas, de arrastar-se sobre os joelhos. Todavia, por motivos tão misteriosos quanto aqueles que a haviam provocado, a enfermidade depareceu e ela retornou à vida normal do convento: dali por diante, pelo espaço de 22 anos, toda a sua vida se resumiu num colóquio entre sua alma e Deus. Com grande naturalidade, como se tratasse do encontro mais óbvio, começaram as "visitas do Cristo". Posteriormente, Teresa declararia: "Eu O vejo com os olhos da alma, masi claramente do que se tivesse com os do corpo".
Por essa "estrada de luz", eis que a monja Teresa chega às visões mediúnicas, que a apanhavam de surpresa e de improviso. Por último, entre os tantos e tão singulares fenômenos da sua vida, manifestou-se os dois mais singulares: Êxtases - que, segundo as palavras de Teresa, "outra coisa não podia ser senão o reflexo exterior de um ímpeto do amor da alma (...) sinto-me morrer do desejo de ver a Deus (...) às vezes o ímpeto é tão forte que, quando estou de pé o corpo parece sem vida (...)". E, como consequência do êxtase, vinha a levitação - fenômeno que se produzia em Teresa sem que a missionária pudesse evitá-lo ou escondê-lo. Nessas ocasiões, as atônitas companheiras viam Teresa erguer-se no ar como que aspirada em direção ao teto.
Aos 57 anos de idade, quando a extraordinária experiência mística de Teresa chegou ao ponto culminante, ela já parecia glorificada. Pode-se dizer que à partir de então, era maior a sua familiaridade com Deus do que com os homens. Foi nessa ocasião que concretizou-se a parte mais sólida da sua missão terrena: a luta pela reforma do Carmelo, quando a missionária passou a viver com poucas coirmãs mum humlide e pequeno mosteiro, onde os votos, sobretudo da pobreza, seriam rigidamente obsdervados. O gesto pioneiro de Teresa originou a quetão das "monjas carmelitas descalças de São José" - primeiro convento reformado - suscitando na Espanha escândalos e protestos violentos.
Teresa era citada como uma monja inquieta e andeja, ambiciosa, desobediente, obstinada, que propagava doutrinas perniciosas a pretexto de devoção e deixava o convento contra as ordens dos superiores. Assim, deu-se início a um longo processso, entre pareceres discordantes, de apoiadores e detratores da "reformada". Entretanto, o processo se esvasiou sozinho, como uma bolha de sabão, e a dinâmica missionária pode se ocupar das outras monjas. Após 10 anos de árdua batalha, a reforma do Carmelo obeteve o seu reconhecimento e, como no tempo de Francisco de Assis, as missionárias carmelitas reencontravam uma nova pureza ao reabraçar a "Santa Pobreza".
Mesmo observando com perfeição os jejuns, a luta pela reforma da Ordem, as penitênicas e as peregrinações a conventos, a incansável Teresa encontrou tempo para escrever cinco obras que se incluem entre as maiores da literatura mística de todos os tempos: A Vida, O CAminho da Perfeição, O Castelo Interior (que quase lhe rendeu a fogueira), As Invocações da Alma a Deus e Cânticos Espirituais. Finalmente, no dia 4 de outubro de 1582, chegada ao termo de uma de suas viagenscostumeiras aos vários mosteiros, Teresa era, então, apenas um corpo curvo e ressequido sepultado, no dia seguinte, num cubículo escavado nos muros da igreja de Alba, atendendo ao seu pedido. Mas a fama de sua santidade foi se espalhando e no decorrer de alguns anos, o seu corpo, milagrosamente incorrupto, foi retirado às escondidas e despedaçado por devotos.

TERESA D'ÁVILA e a sua mediunidade
A passagem terrena de Teresa d'Ávila apresentou traços característicos diversificados: desde a adolescência, a brava missionária passava horas lendo livros de aventuras, principalmente aqueles com pitorescas confusões entre santos, anjos e guerreiros. Além da notável inteligência, ela revelou a coragem necessária para fugir da csa paterna e apresentar-se à um convento e pronunciar os votos. Totalmente recuperada, após ser acometida pela "morte aparente", travou a longa batalha de dez anos em prol da grande reforma monástica.
vitoriosa, viu com alegria quando as fundações, reformadas, foram se multiplicando, conferindo às mulheres o direito ao Ensino da Teologia.
Em 1622, decorridos 40 anos de sua morte, Teresa d'Ávila seria canonizada pela Igreja. Enquanto para os crentes, a missionária seria venerada como uma santa, os estudiosos preferem reconhecê-la como uma valente revolucionária religiosa; já, alguns, admiram a sua figura, de certa forma, mística. Entretanto, muito mais do que uma santa ou monja reformadora, Teresa foi um espírito que encarnou com tarefas bem definidas na defesa de seus ideais. Apresentou faculdades medianímicas como clariaudiência, clarividência, êxtase, bilocação e levitação, mas, até então, incompreendidas, e que só seriam investigadas metodologicamente, aqui no Ocidente, a partir do século XIX, com a ciência espírita.
Enquanto permaneceu na Terra, Teresa d'Ávila passou por inúmeras experiências de vida, entretanto, a única experiênciaque realmente poderia interessar à missionária seria as várias etapas, já percorridas, por seu espírito ao longo da estrada que conduz à iluminação.
No capítulo 17 do Evangelho Segundo o Espiritismo - Sede Perfeitos - Jesus nos fala: "Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito". A perfeição encontra-se, inteiramente, na prática das virtudes, alcançadas ao longo das diversas encarnações. O espírito Teresa d'Ávila, que encarnação passada fora, segundo alguns pesquisadores, Maria de Magdala, percorreu um longa e árdua caminhada. Finalmente, como monja reformada, havbia conseguido seu total resgate espiritual.
Para compreenção da magnitude e beleza de toda a sua trajetória, pode-se conhecer mais sobre essa valorosa criatura, através da leitura do livro Perdôo-te, de Maria Soler.

REVISTA CRISTÃ DE ESPIRITISMO
MAIO DE 2009

TEREZA D'ÁVILA

terça-feira, 5 de maio de 2009

VIVENDO COM ALEGRIA

A alegria é fator essencial à felicidade.
Pode ser cultivada em pequenas expressões, de forma que se insculpa no comportamento até gerar o fenômeno emocional de bem-estar permanente.
Tanto se pode expressar em forma de sensação como de emoção que encanta e estimula a existência.
Por hábito vicioso, acredita-se que a alegria somente é possível quando a preocupação ou os desafios cedem passo ao êxito, o que não corresponde à verdade.
Pode-se experenciar a alegria mesmo que sob tensão e diante dos obstáculos.
O fato de encontrar-se vivo na carne, quando sobram oportunidades de transformação dos acontecimentos, já é, em si mesmo, uma proposta de alegria, porquanto a compreenção de que os problemas existem para ser solucionados, faculta o desenvolvimento intelectual e moral do indivíduo.
A ótica mediante a qual se considera o acontecimento é que o torna danoso ou agradável.
Ninguém transita no mundo sem enfrentamentos, sem momentos de graves reflexões, sem dores nem ansiedades.
A alegria é um estado interior de confiança irrestrita em Deus, que faculta o entendimento dos fenômenos evolutivos que são defrontados, como necessários ao crecimento interior.
Desse modo a alegria pode ser treinada, graças à experiência jubilosa em torno de pequenos acontecimentos ou a contemplação de mil ocorrências que tem lugar no dia-a-dia da jornada terrestre.
Ninguém espera que o jardim esplenda em flores se não lhe cuidar do solo, das plantas, da rega e da proteção que exige.
O mesmo ocorre em relação à alegria, tornando-se necessário primeiro desvestir-se da armadura da animosidade, abrindo-se à festa de ocorrências dignificantes que promovem o Espírito.
Se a pessoa prefere ingerir o veneno da constante indisposição, certamente será vítima de contínuo mal-estar.
Se atira cimento sobre o terreno semeado, matará as plantas que se candidatam à beleza.
Se ingere tóxico para matar as pragas que se multiplicam na semeadura, certamente será vítima da irreflexão, não conseguindo destruí-las, mas a si mesmo privando da vida.
A alegria é uma conquista trabalhada com otimismo e esperança, adquirindo o hábito de sobrepor o melhor ao desagradável, o positivo ao perturbador.
Uma vida rica de beleza interior é um poema de alegria em homenagem à vida.


Examina ao derredor e constatarás quanto é abundante a abênção da alegria.
Em silêncio desabrocham as flores, desenvolve-se o embrião, a paisagem modifica-se, fulgem as estrelas numa incomparável demonstração de beleza, que ressuma encantamento, proporciona alegria.
Os fenômenos vitais seguem o seu curso em automatismos contínuos, obedecendo às leis soberanas da vida.
Em todo lugar, se tiveres olhos para ver e ouvidos para escutar, descobrirás a mensagem de harmonia em tons de alegria incessante.
Mesmo quando o sofrimento se faz presente, propondo recuperação e renovação espiritual, apresentam-se os pródumos da alegria.
Uma vida sem alegria é mórbida, destituída de sentido existencial.
Cultiva, pois, essa mensageira da saúde, propondo-te por introjetá-la.
Não fantam motivos para que a experimentes, se estiveres disposto à mudanças de padrão emocional e ansiares pela conquista da plenitude.
Da mesma maneira que não se irrigam plantas com ácido, não se pode encontrar alegria aplicando-se recursos de autocompaixão, de autodepreciamento.
Considera as dádivas das funções do teu corpo diante daqueles que as têm deficientes ou que são imobilizados, rejubilando-se com essa graça.
Se, no entanto, experimentas encarceramento na enfermidade ou exílio no silêncio do abandono, bendize ao Senhor da Vida que te concede os recursos da reparação que deves executar, alegrando-te desde já, em relação ao futuro que está reservado.
Todos aqueles que alcançaram patamares elevados da jornada, atravessaram as regiões densas de sombras, os charcos perigosos, as áreas crestadas... Ninguém alcança o cume sem as experiências das baixadas.
O dom precioso da existência física deve ser preservado com emoção elevada, decorrente de ações dignificadoras, a fim de que se transforme em recurso iluminativo para a felicidade real do viandante terreno.
Não te detenhas, portanto, à considerar o mal que pensas sofrer pela responsabilidade de outrem, nem te situes nos recantos da lamentação, perdendo as oportunidades fulgurantes de construção do bem em qualquer lugar.
Não hesites quando defrontado pelo impositivo de amar e perdoar ou de manter-se ressentido ou amargurado.
Quem pensa em infelicitar o outro, a si próprio já se tornou destitoso.
Assim, não te permitas afligir em face dos espículos em que pises, reconhecendo que toda ascensão é penosa, mas a paisagem das alturas é sempre compensadora, fazendo esquecer as dificuldades da subida.
Alegra-te, portanto, sempre e em qualquer situação que te encontres.

Jesus, o Excelente Mestre, cantou aos ouvidos do mundo:
"- Eis que vos trago Boas-novas de alegria!"
E ofereceu-nos o tesouro do Seu amor, a fim de que nunca mais houvesse carência no mundo, exceto naqueles que se recusassem a fruir da sua infita bondade.
Desse modo, alegra-te e esparze alegria, enriquecendo as vidas de esperança e de harmonia.


ILUMINAÇÃO INTERIOR
Divaldo Franco, por Joanna de Ângelis

quarta-feira, 22 de abril de 2009

"NÃO JULGUEIS PELA APARÊNCIA, MAS JULGAI CONFORME A JUSTIÇA" (João, 7:24)


Personalidade é a roupa que o Espírito veste temporariamente. Corpos são passageiros, o importante é a essência divina que habita em todos nós.
Justificar No âmago reside a alma imortal, que atravessa vidas sucessivas, vivendo, ora acentuadamente masculina, ora acentuadamente feminina, em corpos físicos adaptados para cumprir seu aprendizado terreno.
Na romagem multimilenária do tempo, o Espírito em evolução se demorou no hermafroditismo das plantas.
Segundo a Botânica, as plantas são andróginas, isto é, possuem "androceu" ou estame (órgão masculino composto pelo filete que sustenta a antera, na qual se encontram os grãos de pólen) e "gineceu" (órgão feminino construído por um ou mais pistilos, que compreende o ovário, o estilete e o estigma).
Em virtude disso, as diversas experiências físicas através dos milênios sedimentaram no organismo humano determinada porcentagem de gens masculinos e femininos. Da mesma forma, essas mesmas experiências contribuíram para que as individualidades em trânsito adquirissem traços psicológicos bissexuais.
"O homem, tendo tudo o que há nas plantas e nos animais, domina todas as outras classes por uma inteligência especial, indefinida, que lhe dá a consciência do seu futuro(...)", conforme lemos no Livro dos Espíritos, questão 585.
Transcorreu longo tempo a evolução da alma humana para que o instinto sexual se aperfeiçoasse e aparecesse diferenciado sob a ação das leis da genética. Lembramo-nos, porém, que apenas as características morfológicas dos órgãos sexuais são determinadas pelos gens, e não as disposições psíquicas da individualidade milenar, que possui características peculiares.
O Dr.Carl Gustav Jung denomina "anima" ao conteúdo feminino inconsciente no psiquismo do homem, e "animus" à masculilnidade inconscienteno psiquismo da mulher.
Muito antes de ser aceita pela ciência, a noção de bissexualidade do ser humano foi inspirada aos escritores greco-latinos através dos mitos dos andróginos, que eram seres ágeis e possantes, temidos pelos deuses do Olimpo.
Conforme a mitologia, Zeus, para enfraquecê-los os separou em metades. Desde então cada alma repartida procura ansiosamente sua outra metade, sua alma gêmea.
A separação de Adão em elemento masculino e feminino é um processo de alienação do homem de seu estado original. O mito do jardim do Éden - descrito no Velho Testamento - igualmente nos dá a noção de bissexualidade. Na criação de Eva, desmembrada de Adão, está subentendido que o homem original era, em princípio, hermafrodita, pois de outra forma não seria possível criar uma mulher a partir dele.
Pode ser que esse mito, através dos tempos, tenha sido descaracterizado pelas normas e costumes patriarcais dos hebreus, que desconsideravam o componente feminino na psique humana, relegando-o a uma simples costela de Adão.
Disse o apóstolo João: "não julgueis pela aparência, mas julgai conforme a justiça". A aparência é a roupagem carnal e a justiça é a visão nítida de quem vê a alma com olhos trancendentais.
Jesus Cristo é o protótipo do homem do futuro; por saber que todos somos "semente em germinação", Ele a utilizou como metáfora em muitos de seus ensina mentos.
Assim como a semente contém todos os elementos vitais para a formação de uma árvore, também nós possuimos todos os componentes de que necessitamos para crescer e desenvolver espiritualmente.
Ao longo do tempo, a "semente imanente" que existe em nós se transmuta, desenvolvendo potencialidades inatas, e, futuramente nos transforma num ser em plenitude.
Se porventura pudéssemos perguntar ao botão de rosa se ele tem consciência de que nele existe em potencial o perfume da roseira, provavelmente ele não acreditaria. Assim, analogamente pensam as criaturas que vivem na dualidade, distante do estado de unidade consciencial.
Talvez não acreditemos que possuímos os dons masculinos e femininos. Isso é compreenssível devido ao nosso grau evolutivo. Num futuro breve, no entanto, descobriremos os valores potencializados que existem dentro de nós. Os atributos do anjo também nos pertencem.


UM MODO DE ENTENDER uma nova forma de viver
Francisco do Espírito Santo Neto, por Hammed

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O SIGNIFICADO DE JESUS

"Se perguntasses a Maria de Magdala o que Jesus significou para ela, certamente responderia emocionada: O sublime amor, verdadeira manifestação do Amor.
Se indagasses a Judas qual foi o significado de Jesus na sua vida, ainda sensibilizado, ele responderia: O exemplo de misericórdia e de compaixão mais grandioso que jamais contemplei.
Se interrogasses a Pedro qual a significação de Jesus no apostolado a que se dedicou com a imolação da própria vida, ele diria de imediato: A mais nobre lição de fidelidade ao Bem de que tive notícia por toda a existência.
Se inquirisses a João Boanerges qual foi, para ele, o sentido da presença de Jesus em sua longa jornada terrestre, ele redarguiria: O divino libertador de vidas, através do inefável amor de que se fez portador.
Se desejásseis saber de Lázaro qual foi o significado de Jesus no relacionamento que manteve com o Mestre durante o tempo que conviveu com Ele, com segurança, ele asseveraria: A verdadeira ressurreição e vida, que anula a sombra da morte e doa a claridade imortal.
Se quisesses descobrir qual teria sido a significação de Jesus na conduta de Zaqueu, que O recebeu no seu lar com festa e carinho, ele elucidaria jubiloso: A mais nobre expressão da Verdade.
Se buscasses o conhecimento a respeito do que significou Jesus na vida de Natanael Ben Elias, o paralítico que descera pelo telhado e recuperara os movimentos, ele se referiria entusiasmado: O Messias divino que se fez irmão dos miseráveis e deserdados, a fim de os esguer ao sólio do Altísssimo.
Se intentasses descobrir o que representou Jesus na vida da mulher samaritana, a quem Ele pediu água para beber, ela, imediatamente responderia: A fraternidade universal vibrante e compreensiva.
Se tivesses interesse em saber de Maria, irmã de Lázaro, qual o sentido da presença de Jesus no seu coração, ela afirmaria feliz: O excelente Filho de Deus que ama como ninguém jamais o fez.
Se pudesses saber qual a posição de Jesus no relicário da alma do ex-endemoniado gadareno, com olhos brilhantes de gratidão, ele informaria: A saúde espiritual no seu mais alto grau.
Se interrogasses Pilatos desejando conhecer o que representou Jesus na sua execrável peregrinação terrena, ele confirmaria, confuso e reticente: O poder que nunca cessa, porque vem de Deus.
Se visitasses Caifaz e o inquirisses a respeito de Jesus e qual o significado d'Ele na sua posição sacerdotal, amargurado e triste ele sintetizaria: o Conquistador inconquistável.
Se solicitasses a Maria de Nazaré, Sua mãe, que elucidasse o significado de Jesus na sua maternidade sublime, ela murmuraria, iluminada: O Enviado de Deus que dormiu no meu regaço e mudou o pensamento terreno, apresentando o reino dos Céus, confome nunca outrem conseguira fazer."
ILUMINAÇÃO INTERIOR
Divaldo Franco pelo espirito Joanna de Ângelis



SE PERGUNTASSES A TI MESMO, QUAL O SIGNIFICADO DE JESUS, PASSADOS MAIS DE DOIS MIL ANOS, EM TUA PRÓPRIA VIDA, O QUE RESPONDERIAS?

domingo, 5 de abril de 2009

A Prece pode ter diferentes objetivos, mas até que ponto ela pode intervir a nosso favor?

"Cercados pelas atribulações do dia-a-dia, passamos a maior parte do nosso tempo ocupados com as nossa obrigações e não percebemos que muitos dos desencontros e problemas do cotidiano poderiam ser resolvidos ou simplesmente afastados pela ação direta e efetiva da prece.
Envoltos com a agitação das circunstâncias, temos dificuldades para nos silenciar e elevar o pensamento a Deus, pedindo assistência. É preciso conhecer as propriedades da prece para que possamos fazer dela a fonte diária de refazimento de forças e o consolo que nos rejubila e enternece.
O homem é autor da maiori,a das suas aflições e se pouparia de maiores angústias se agisse com sabedoria e prudência, pois essas misérias são o resultado de várias infrações das leis divinas. Se não ultrapassássemos o limite do necessário para viver, não teríamos as consequências desastrosas geradas pelos excessos.
Se as pessoas fossem conscientes da força que tem em si e quisessem colocar a sua vontade a serviço dela, seriam capazes de grandes realizações. Através de sua mente, o homem age sobre o fluido universal, modificando suas qualidades e dando-lhe uma impulsão irresistível. Aquele que junta ao fluido uma fé ardente, pode, apenas apenas pela vontade dirigida para o bem, operar 'fenômenos' que não senão a utilização das faculdades mentais e a ação de uma lei natural. Mas, para isso é necessário domar a si mesmo e as más influências do pensamento. As maneiras mais eficazes são a vontade acompanhada da prece, a oração fervorosa e os esforços sérios como meio para a renovação íntima.
Imaginar que é inútil fazer uma oração, expondo nossos sentimentos a Deus (sendo Ele conhecedor de nossas necessidades), assim como acreditar que nossos desejos não podem mudar os destinos traçados pelo Criador, é desconhecer as leis e a misericórdia do Pai. Ele nos deu discernimento e inteligência para que o espírito não fosse um instrumento passivo, sem livre-arbítrio, portanto, nem todas as circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade. Daí a grande importância da prece e sua capacidade de ação.
Seu poder está no pensamento e não se prende nem às palavras nem ao lugar ou momento em que é feita. A prece é uma invocação na qual podemos nos colocar em comunicação mental com outro ser ao qual nos dirigimos, estabelecendo uma corrente fluídica. A energia da corrente surge em razão do vigor do pensamento e da vontade. Como o fluido universal é o veículo do pensamento, essa substância primária (fluido) é impulsionada pela vontade, transmitindo a idéia até o seu destinatário.
Os espíritos benevolentes nos inspiram com bons pensamentos, para que possamos adquirir moral necessária para superarmos as dificuldades e voltarmos ao caminho do bem. Exercendo uma ação magnética sobre os homens, eles suprem, quando necessário, a insufuciência daquele que ora, dando-lhe momentaneamente uma força excepcional, isto quando é julgado digno desse favor.
O homem coloca em prática os bons conselhos se assim desejar e pode ou não aceitar a sugestão oferecida. Com isso, através do livre-arbítrio, ele tem a responsabilidade sobre os seus atos, cabendo-lhe o mérito da decisão entre o bem e o mal."

Trecho da matéria ORAI E VIGIAI por Laylla Toledo, Revista Cristã de Espiritismo, ed.67

sexta-feira, 20 de março de 2009

"Entende o que eu digo; e o Senhor te dará compreensão em todas as coisas". (II Timóteo, 2:7)

Aceita a vida que Deus te deu; Aceita-te como és.
Aceita teus familiares; Aceita teus conflitos.
Aceita tuas decepções e Aceita tua parentela.
Aceita tuas dificuldades financeiras e Aceitas tuas desilusões.
Aceitas as ingratidões contra ti.
Aceita tudo e todos.
Aceita atos e atitudes e fazes o melhor que puderes.
Aceitar não quer dizer aplaudir e fazer o mesmo, mas compreender que cada um de nós tem e faz o que pode, que cada indivíduo está num grau diferente de evolução. Portanto, aceita o próximo como ele é.
Porém, aceita, mas trabalha em favor de teu adiantamento e auto-conhecimento, e assim serás mais feliz, livre de amargores e sentimentos que te aprisionam a vida interior, e encontrarás o devido valor para todas as coisas da vida.